sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SCMM MARIA,MARIA ECOA A VOZ DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS COM A MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE "CORREIOS SAÚDE" E NÃO À "POSTAL SAÚDE"

A Sociedade Civil MariaMaria - Organização das Profissionais da ECT, legitimada pela sociedade e entidades representativas de Correios, une-se ao clamor dos 120 mil trabalhadores dos Correios pela manutenção do Plano de Saúde "Correios Saúde" e fim da Postal Saúde.

A Constituição da República Federativa do Brasil diz em seu Artigo 1º:

 "§ 1º - Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido."


Nessa condição, consideramos inconstitucional e uma violação aos direitos humanos a insistência na manutenção da POSTAL SAÚDE quando seus beneficiários, que são os trabalhadores dos Correios, a rejeitam por meio de suas entidades representativas e já se manifestaram a favor da manutenção do Plano de Saúde CORREIOS SAÚDE

A Sociedade Civil MariaMaria - Organização das Profissionais da ECT se coloca à disposição das entidades representativas dos Correios para toda e qualquer medida de segurança com a finalidade de preservar os direitos dos trabalhadores, principalmente com relação ao Plano de Saúde conquistado.




ACORDO COLETIVO 2013/2014

É de conhecimento amplo e divulgado pela ECT que a negociações coletivas são realizadas sempre que houver demanda e, de forma mais pontual, por ocasião da data base da categoria. Ou seja, todo o ano se instala este momento tenso e decisivo nas relações empregado-empresa. 
De um lado um grupo de empregados designados oficialmente pela Empresa – Comissão Nacional de Negociação. De outro lado a representação sindical. Desde o ano passado, em função de rupturas sindicais da categoria, um novo cenário se apresentou. A Empresa que até então somente reconhecia a FENTECT como entidade representativa dos empregados – discurso este proferido como desculpa nos últimos anos para negar à ADCAP, CNPL, APECT, e Sindicatos dos Administradores e dos Engenheiros um assento junto à mesa de negociação - resolve, em um momento de lucidez, acolher a representatividade da FINDECT (Sindicatos São Paulo, Rio de Janeiro, Bauru, Rio Grande do Norte e Rondônia) e, mesmo com a intransigência da FENTECT, seguir as negociações. Claro que isto não se tratou de apenas um ato de bondade. Interesses outros contribuíram para tal estratégia. Nas negociações deste ano, diante da suspensão do registro da FINDECT pelo Ministério do Trabalho até que sejam atualizadas as informações sobre os novos sindicatos que se filiaram, a ECT negocia diretamente com cada um dos cinco sindicatos que compõem a FINDECT. Estes fatos jogam por terra a velha e falsa alegação da direção da Empresa de que só pode negociar com a FENTECT. 
Já não é de hoje que sindicatos, negociações e greves têm servido principalmente a bandeiras políticas, sustentação de interesses eleitorais e até para a nomeação de seus promotores para funções na Empresa. Isso constitui, no mínimo, um flagrante desrespeito aos trabalhadores. E a ADCAP sempre lutou contra essa barganha partidária que tanto prejuízo causa não só à categoria, mas também para a própria ECT. Rompido o casamento com a FENTECT a Empresa buscou uma outra alternativa, desta vez, bem mais coerente, ao reconhecer outras representações. 
A verdade é que nunca existiram, de fato, negociações nos acordos coletivos. Tudo porque sentam-se à mesa apenas representantes de partidos políticos, que se enxergam como inimigos. Quando a representação sindical estava nas mãos dos representantes do mesmo partido político, vinham os conchavos, os jogos de cena e  as dissimulações para iludir a categoria. Enquanto isso, aqueles que verdadeiramente estão lutando pelos interesses dos trabalhadores e dos Correios ficam de fora. 
Nas "negociações" deste ano a Fentect apresentou uma proposta de aumento de 40% e contratação de mais de 100 mil empregados. A FINDECT, uma proposta de 8% de aumento (inflação + ganho real). A Empresa, uma proposta ridícula, de aumento menor que a inflação do período. Além disso, continua tentando aplicar um golpe nos trabalhadores com o nefasto Postal Saúde, que até os mais ingênuos sabem quais são os reais objetivos de tal empreitada. 
Os sindicatos ligados à FINDECT iniciaram uma greve, seguida também por outros sindicatos. Isto fez com que a Empresa caísse na real e adotasse uma nova postura. Foi fechado um acordo com os 8% de aumento propostos mais outros itens. Logo depois, a Fentect deflagrou outra greve em suas bases. Na audiência de conciliação no TST foi aceito o aumento de 8% e definido a instalação de mesas paritárias para discutir, entre outros assuntos, o Postal Saúde. A ata estava sendo redigida e tudo caminhava bem até que um vice-presidente da Empresa quis que constasse em ata uma defesa do Postal Saúde. Então o trem desandou. A greve continua e, apesar da baixa adesão, causa imensos prejuízos aos clientes, à sociedade, à imagem dos Correios e aos empregados. 
Mas a FENTECT divulgou uma contraproposta, agora razoável, mantendo o aumento de 8%. Dois pontos chamam a atenção: pedem a volta do aumento linear em valor monetário (R$ 100,00). A ADCAP é totalmente contrária a este tipo de aumento por ser um ato de discriminação e desrespeito aos trabalhadores. Por outro lado, exige a manutenção dos Correios Saúde nos moldes atuais, ou seja, NÃO ao golpe do Postal Saúde. Neste item, parabenizamos a FENTECT e esperamos que mantenha esta proposta (sem negociá-la, pelo bem da categoria). 
Fica mais uma vez a lição que parece nunca ser aprendida: de nada adianta empregados pedirem aumentos astronômicos nem empregadores oferecerem índices ínfimos, se todos sabem o que é razoável. Questão de coerência. 
Não podemos continuar aceitando que os interesses de partidos políticos sejam superiores aos interesses da categoria e da própria Empresa. Os CORREIOS somos nós, todos os 120 mil empregados, aprovados em concurso público que não pode continuar sendo burlado. TRANSPARÊNCIA (de verdade) e RESPEITO! 

Atenciosamente,
Diretoria Executiva ADCAP Nacional.



sexta-feira, 6 de setembro de 2013

CLAMOR DO PAPA FRANCISCO PELA PAZ NO MUNDO!


PAPA FRANCISCO

ANGELUS

Praça de São Pedro

Domingo, 1º de Setembro de 2013

Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

 

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).



Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!

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