segunda-feira, 6 de setembro de 2010

03/09/2010

Artigo publicado em A Gazeta em 03 de setembro de 2010

Brasileiras são melhores!



As mulheres do Brasil andam felizes da vida.

Não é para menos. Temos motivos de sobra para andar com a cabeça erguida e olhar nos olhos de quem quer que seja.

Saímos da roça, do fundo da cozinha, largamos o tanque de lavar roupas, fomos para a escola, fazemos parte dos sindicatos, ocupamos nosso espaço no mercado de trabalho com competência. Somos versáteis e guerreiras.

Adquirimos independência financeira e não levamos desaforo para casa. Compramos e pagamos e mesmo com todos os obstáculos não nos aquietamos. Viramos chefes de família. Parimos, embalamos e sustentamos nossos filhos e boa parte da nação.

O tempo da subserviência terminou. Só não vê quem não quer.

Hoje duas mulheres disputam a presidência da república. Duas! Fato inédito. Fantástico. Motivo de orgulho para uma grande massa feminina que há bem pouco tempo só ousava se candidatar à cargos menores.

É a coisa mais incrível que já vi na política nacional, quiçá mundial!

Tradicionalmente, as mulheres candidatas herdaram votos de homens, sobretudo dos maridos. Precisamos acreditar que no Brasil será diferente e que homens e mulheres darão a oportunidade para que uma mulher faça, o que tem que ser feito, com o nosso jeito.

Na América Latina, 10 mulheres já ocuparam o cargo de presidente. Sete foram eleitas e três ocuparam a Presidência interinamente.

Isabelita Peron (Argentina) - tornou-se presidenta depois da morte do marido presidente, Juan Domingo Perón, em 1974.

Violeta Chamorro (Nicarágua) - Entrou na política depois do assassinato do seu marido, líder oposicionista, Pedro Joaquin Chamorro. Foi eleita presidente em 1990 e ficou no poder durante sete anos.

Lídia Gueiler Tejada (Bolívia) - Em 1979, era presidenta da Câmara dos Deputados e liderança feminista e foi designada chefe de Estado pelo Congresso e governou por apenas oito meses. Foi deposta pelo general Luis García Meza, que a mandou para o exílio.

Mireya Moscso (Panamá) - Viúva de Arnulfo Arias, presidente por três mandatos, foi eleita em 1999 pelo Partido Arnulfista.

Laura Chinchilla (Costa Rica) – A social-democrata se tornou, em maio deste ano, a primeira mulher a assumir a presidência da Costa Rica.

Michelle Bachelet (Chile) - Foi a primeira mulher eleita presidente na América do Sul, em 2005, e cumpriu o mandato até o início deste ano.

Cristina Kirchner (Argentina) - Advogada, senadora, e mulher do ex-presidente e deputado Néstor Kirchner, foi eleita em 2007 e ainda está comandando seu país.

Notem que as mulheres eleitas na América Latina tinham, em sua grande maioria, a herança política de seus maridos. No Brasil não é assim. As duas candidatas são autônomas politicamente e isso, por si só, já é uma demonstração da força de nossas candidatas brasileiras.

Agora é a nossa vez! Agora é a hora das calcinhas. Agora é o momento de experimentar o jeito feminino de governar. Não podemos deixar passar essa oportunidade afinal, quem já conseguiu tantos avanços vai conseguir ser uma grande mãe gentil para essa pátria amada chamada Brasil.

Eliane Sinhasique é jornalista, radialista e publicitária

Colaboração: Milton Lucas Mendes
                        Conselheiro Consultivo da SCMM MariaMaria

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