domingo, 22 de março de 2015

SCMM MARIA,MARIA SE SOLIDARIZA À SUBTENENTE QUE TEVE VOZ DE PRISÃO POR MOTIVO CONSIDERADO FÚTIL

A Sociedade Civil MariaMaria acredita que existem outras formas para corrigir condutas que, porventura, sejam consideradas inadequadas em ambiente de trabalho.

Nesse caso, há o suposto abuso de autoridade por parte do major, que já determinou a pena máxima em busca de uma solução que poderia ser por meio do diálogo ou outros meios.

Nesse caso, constata-se a necessidade de revisão do manual de conduta da corporação militar.

Os blogueiros dos Distrito Federal estão se mobilizando em defesa da subtenente e a Sociedade Civil MariaMaria, como Organização de Mulheres e membro da Associação dos Blogueiros do DF, está aderindo à causa que deverá ser apresentada à Secretaria de Direitos Humanos e à Secretaria de Políticas para as Mulheres. 
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22/03/2015 10h28 - Atualizado em 22/03/2015 11h37

TJDF decreta prisão preventiva da PM que desobedeceu subcomandante

Policial deixou sala de reunião após ser mandada calar a boca, diz advogado.
Corporação diz que ela recebeu voz de prisão por 'recusa de obediência'.

Isabella Calzolari e Mara AlemDo G1 DF
Fachada do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
e Territórios (TJDFT) (Foto: TV Globo/Reprodução)
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) decretou no fim da noite deste sábado (21) a prisão preventiva da subtenente da Polícia Militar Cybele Mara, presa em flagrante na última sexta-feira (20) por desobedecer a uma ordem do subcomandante do 17º Batalhão de Águas Claras. A decisão é da juíza Jackeline Cordeiro de Oliveira.
O advogado da policial, Marcelo Almeida, afirmou ter feito pedido de liberdade provisória no sábado (21), mas a juíza negou. Ele disse que irá fazer um pedido de revogação da prisão preventiva diretamente na Justiça Militar nesta segunda-feira (23). 
De acordo com a assessoria de comunicação da PM, a subtenente de 48 anos se recusou a atender a uma "ordem legal" do major durante uma reunião que tratava do patrulhamento na região. Ela teria se negado a cumprir orientação e "declarou que não permaneceria na reunião para a qual estava oficialmente convocada, mesmo após alerta do subcomandante" (veja íntegra da nota da PM abaixo).
Em consulta ao andamento do processo no site do TJDFT, a decisão deste sábado aparece como liberdade provisória, mas tanto Almeida como o plantão do tribunal confirmaram ao G1 a determinação da prisão preventiva e afirmaram que houve um "erro no sistema do tribunal". Após ser detida, Cybele foi encaminhada para a Corregedoria e, em seguida, para o 19º Batalhão, onde permanecia até a manhã deste domingo (22) à disposição da Justiça Militar. Ela foi presa pelo crime de recusa de obediência, cuja pena é de um a dois anos de detenção.
O advogado afirmou que a policial, que é mãe de um menino de 2 anos, tem 29 anos de corporação. Ele disse que Cybele está "chocada, nervosa e chorando". Almeida afirmou que a policial contou ter deixado a sala de reunião após se assustar com os gritos do subcomandante. "Segundo o que ela me passou, houve uma reunião no quartel para tratar de interesses do serviço, e nessa reunião houve algumas divergências", afirmou ao G1. "Ela disse que o subcomandante do batalhão mandou ela calar a boca e ficar sentada. Ela se recusou e saiu da sala, e nesse ato de sair da sala ele deu voz de prisão pelo crime de desobediência."
Ele afirmou que, durante a reunião, a policial teria negado informação de que colegas do batalhão estariam dormindo em serviço. "Segundo ela falou, durante a conversa, surgiu esse assunto de divergência, mas foi coisa rápida. O pivô da discussão foi que ele teria gritado com ela em frente a 30 pessoas", diz. "Ela fala que saiu da sala porque ficou nervosa com os gritos, perdeu o controle."
Veja nota da PM:
"A policial se recusou a atender ordem legal do subcomandante do 17º Batalhão que durante uma reunião explicava e comprovava estatísticamente para a tropa da unidade os benefícios da implantação de um Roteiro de patrulhamento Operacional, que visa setorizar a área e trazer uma programação fixa para o patrulhamento, tornando o policiamento mais presente e trazendo mais segurança para a população.A policial discordou e recusou-se a cumprir, bem como declarou que não permaneceria na reunião para a qual estava oficialmente convocada, mesmo após o alerta do subcomandante. Diante da negativa da mesma foi dada voz de prisão pelo crime de Recusa a obediência (prevista no Art 163 do CPM) e a policial foi conduzida para a Corregedoria e após isso encaminhada para o 19º Batalhão onde ficará à disposição da Justiça Militar."

Fonte:http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/03/tjdf-decreta-prisao-preventiva-da-pm-que-desobedeceu-subcomandante.html

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